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Nem um papa considerado progressista livra a Igreja Católica de preconceitos históricos. O Vaticano disse há pouco que é contra a união entre pessoas do mesmo sexo porque Deus, segundo o escritório ortodoxo, “não abençoa pecado”.
“A bênção das uniões homossexuais não pode ser considerada lícita, não há absolutamente nenhuma base para considerar as uniões homossexuais de alguma forma semelhantes ou mesmo remotamente análogas ao plano de Deus para o casamento e a família”, afirmou o Vaticano por meio da Congregação Doutrina da Fé ao responder perguntas sobre sindicatos LGBTs.
Igreja Católica volta a reafirmar LGBTfobia
A fala de duas páginas publicada em sete línguas, que foi aprovada pelo Papa Francisco, diz também que a igreja e os padres ainda podem abençoar pessoas que são gays que vivem em ‘fidelidade‘. “Em vez disso, declara ilícita qualquer forma de bênção que tenda a reconhecer seus sindicatos”.
A postura homofóbica adotada pelo Vaticano em pelo século 21 foi criticada com veemência. “O que o Vaticano não percebe é que os fiéis católicos não estão satisfeitos com essa resposta”, disse ao USA Today, Francis DeBernardo, diretor executivo do New Ways Ministry – ministério católico centrado em LGBTQ. Ele falou que a declaração foi decepcionante, mas não surpreendente. Porém, os católicos continuarão a encontrar maneiras criativas de abençoar os casais que amam e apoiam.
“Os católicos reconhecem a santidade do amor entre casais comprometidos do mesmo sexo e reconhecem este amor como divinamente inspirado e divinamente apoiado e, portanto, cumpre o padrão para ser abençoado”, complementa DeBernardo.
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A declaração do Vaticano, diz o jornal norte-americano USA Today, veio menos de seis meses depois que as revelações do espantoso endosso do Papa Francisco às uniões civis de pessoas do mesmo sexo foram tornadas públicas. “As pessoas homossexuais têm o direito de pertencer a uma família. Eles são filhos de Deus ”, disse em uma entrevista de 2019 para o documentário” Francesco “. “O que temos que ter é uma lei da união civil. Dessa forma, eles são legalmente cobertos”.
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O comunicado contra união de pessoas do mesmo sexo diz ainda que, “a declaração da ilegalidade das bênçãos de uniões entre pessoas do mesmo sexo não tem como objetivo ser uma forma de discriminação injusta. Mas antes um lembrete da verdade do rito litúrgico”.
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“Ficamos no limbo entre o movimento LGBT e o feminista”, disse a advogada feminista Ananda Puchta, em entrevista à Celina de O Globo, que também repercutiu o comunicado do Vaticano.
Na entrevista, realizada no ‘Mês da Visibilidade Lésbica‘, Ananda, que defendeu a criminalização da homofobia no STF, falou sobre os apagamentos sofridos pelas mulheres lésbicas na sociedade e da importância da representatividade.